Na manhã de sexta-feira, 21, em Paulínia (SP), um pai e seu filho foram presos sob suspeita de armazenar material de exploração sexual de crianças e adolescentes. A operação foi realizada por agentes da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, que encontraram "farto material ilícito" em celulares e outros dispositivos eletrônicos dos suspeitos.
O delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira explicou que,
apesar de ambos residirem no mesmo local, não é possível afirmar se
compartilhavam o conteúdo ilegal entre si. "No mesmo ambiente domiciliar,
os dois nas mesmas circunstâncias, mas é uma coisa que a gente não pode cravar
de que havia esse compartilhamento entre pai e filho. Certamente, só a perícia
vai poder trazer para nós esse detalhamento", afirmou Oliveira.
Os suspeitos permaneceram em silêncio durante os
depoimentos, recusando-se a explicar os motivos para armazenar o material ou as
metodologias utilizadas. "Ambos permaneceram em silêncio nos seus
depoimentos, não declinaram nada a respeito das razões que os motivaram a
armazenar o material, tampouco quais eram as metodologias. Tudo isso vai ser
objeto agora do exame pericial, que vai nos trazer quais eram os provedores,
aplicativos e redes pelas quais eles compartilhavam e faziam o download desse
material", completou Oliveira.
Se a responsabilidade dos suspeitos for confirmada, eles podem responder pelo crime de adquirir, possuir ou armazenar registros desse teor, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente. Os trabalhos de Polícia Judiciária serão finalizados com a lavratura do auto de prisão em flagrante, e amanhã eles passarão por uma audiência de custódia. Desde já, o delegado Oliveira informou que foi solicitado ao Judiciário a decretação da prisão preventiva de ambos os suspeitos.