Pai e filho são presos por armazenar material de exploração sexual de crianças em Paulínia

 

Na manhã de sexta-feira, 21, em Paulínia (SP), um pai e seu filho foram presos sob suspeita de armazenar material de exploração sexual de crianças e adolescentes. A operação foi realizada por agentes da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, que encontraram "farto material ilícito" em celulares e outros dispositivos eletrônicos dos suspeitos.

O delegado Luiz Fernando Dias de Oliveira explicou que, apesar de ambos residirem no mesmo local, não é possível afirmar se compartilhavam o conteúdo ilegal entre si. "No mesmo ambiente domiciliar, os dois nas mesmas circunstâncias, mas é uma coisa que a gente não pode cravar de que havia esse compartilhamento entre pai e filho. Certamente, só a perícia vai poder trazer para nós esse detalhamento", afirmou Oliveira.

 O delegado destacou que há indícios de que o material era compartilhado com terceiros, complicando as investigações. "São delitos gravíssimos, cometidos em muitas das suas oportunidades na clandestinidade, sob nome suposto, que dificultam o trabalho investigativo", acrescentou, apontando para a complexidade do caso.

Os suspeitos permaneceram em silêncio durante os depoimentos, recusando-se a explicar os motivos para armazenar o material ou as metodologias utilizadas. "Ambos permaneceram em silêncio nos seus depoimentos, não declinaram nada a respeito das razões que os motivaram a armazenar o material, tampouco quais eram as metodologias. Tudo isso vai ser objeto agora do exame pericial, que vai nos trazer quais eram os provedores, aplicativos e redes pelas quais eles compartilhavam e faziam o download desse material", completou Oliveira.

 As investigações revelaram que há indícios de armazenamento de vídeos e fotos de abuso sexual infantil nos dispositivos dos suspeitos desde abril, e os e-mails vinculados às plataformas usadas para baixar o material existem pelo menos desde 2002. A perícia foi acionada para analisar os dispositivos eletrônicos.

Se a responsabilidade dos suspeitos for confirmada, eles podem responder pelo crime de adquirir, possuir ou armazenar registros desse teor, conforme o Estatuto da Criança e Adolescente. Os trabalhos de Polícia Judiciária serão finalizados com a lavratura do auto de prisão em flagrante, e amanhã eles passarão por uma audiência de custódia. Desde já, o delegado Oliveira informou que foi solicitado ao Judiciário a decretação da prisão preventiva de ambos os suspeitos.

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