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Após dois dias, trabalhadores encerram paralisação do transporte público de Paulínia

 

A Prefeitura de Paulínia (SP) informou, na noite desta quinta-feira (29), que chegou ao fim a paralisação que suspendeu por dois dias a circulação de todos os ônibus do transporte público. Segundo o representante dos trabalhadores, a retomada ocorrerá graças a um acordo sobre as reivindicações da categoria.

Segundo Nilton de Maria, um dos representantes do movimento, o acordo garante que nenhum dos cerca de 100 cobradores vai ficar desempregado, motivo principal da paralisação. No entanto, a nova licitação não vai incluir a função, o que era a cobrança original.

O representante afirma que na semana que vem será feita uma formalização da garantia de emprego a esses trabalhadores, que podem ser realocados de função.

Além disso, as demais reivindicações, como a de garantir estabilidade de seis meses após o novo contrato e não desconto dos dois dias de paralisação, também foram aceitas, segundo Nilton.

Em nota, a prefeitura informou que a paralisação "realizada de forma ilegal" pelos funcionários da empresa responsável pelo transporte municipal foi encerrada e que a operação será normalizada nas próximas horas, com o retorno da circulação dos ônibus.

Sobre o acordo e as pautas apresentadas pela categoria, a prefeitura afirma que a única que cabia a ela era a reivindicação para incluir os cobradores na nova licitação, o que não é mais possível porque o trâmite já está em andamento.

Já as demais pautas, a prefeitura afirma que são direcionadas à atual concessionária do transporte, chamada Auto Viação Terra.

Em relação à formalização da manutenção do emprego aos cobradores, a prefeitura afirmou que não tem poder legal para garantir o emprego dos trabalhadores. "Ela pode solicitar a empresa que ganhar a licitação que contrate eles, mas não impor", informou.

 

A paralisação

Motoristas e cobradores de ônibus de Paulínia (SP) mantiveram, por dois dias consecutivos, uma paralisação do transporte público para cobrar garantias trabalhistas. Na quarta-feira (28), quando o protesto começou, uma comissão de trabalhadores se reuniu com representantes da Secretaria de Transportes e recebeu uma proposta.

No início da manhã desta quinta, parte dos ônibus chegou a sair da garagem, mas às 10h os funcionários decidiram paralisar de novo. Segundo informações de representantes da categoria, houve uma reunião durante a tarde entre o grupo, a prefeitura e a empresa Auto Viação Terra.

Os trabalhadores reivindicavam que os cobradores sejam incluídos na nova licitação do transporte público. O sindicato da categoria afirma que são 100 funcionários que poderiam perder o emprego. O grupo também cobra seis meses de estabilidade a partir do novo contrato com a empresa que vai operar o serviço e a resolução de pendências com a atual concessionária, a Auto Viação Terra.

Durante a manhã, cerca de 200 trabalhadores permaneceram no terminal rodoviário do município, assim como já havia acontecido no dia anterior, quando, em alguns momentos, protestaram com palavras de ordem. "Queremos nosso emprego", afirmavam.


Reflexos

Na quarta-feira, moradores que dependem do transporte público tiveram que buscar alternativa para ir ao trabalho. Alguns conseguiram caronas, outros tiveram que recorrer a familiares e uma parte gastou mais com transporte por aplicativo.

"Fiz uma caminhada. O pé está ardendo. Quem paga é a gente, que tem que passar por essa humilhação", lamenta a cozinheira Maria do Carmo, que teve que ir a pé para o trabalho, no shopping.


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