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Decisão do STF é alvo de protesto em Campinas

Cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram ontem
Pelo menos 1,5 mil pessoas, segundo os organizadores da manifestação, enfrentaram uma garoa fina e ocuparam boa parte do Largo do Rosário na manhã de ontem, em Campinas, para protestar contra a recente decisão do Superior Tribunal Federal (STF), que determinou o fim da prisão após condenação em 2ª instância, resultando na soltura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre outros. Coordenador do Movimento Brasil Livre (MBL) de Campinas, Paulo Gaspar destacou que diversos movimentos participaram do ato.
"Não vamos discutir a decisão do STF. Todos sabem que o STF é uma vergonha nacional", disse. Os votos dos ministros, comentou, não surpreenderam ninguém. Gaspar afirmou a pressão popular não surte efeito algum sobre os ministros do STF, porque eles não dependem de voto. "Foram indicados e vão favorecer quem os colocou lá", criticou. Para o coordenador do MBL de Campinas, o momento requer pressão no Congresso, que tem autonomia para mudar a Constituição. Tramita na Câmara a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 410/18, que inclui no texto constitucional a possibilidade da prisão após condenação em segunda instância.
Voluntário do Partido Novo (Novo), Daniel Biscola fez um discurso acalorado em cima do caminhão de som, que estava estacionado na Rua Barão de Jaguara. "Não tem meio termo: ou é a favor ou contra a corrupção", esbravejou. Para ele, a população brasileira perdeu uma batalha, mas não a guerra. Em sua fala, Biscola conduziu a multidão em palavras de ordem a favor do retorno de Lula à prisão e em apoio ao Governo Bolsonaro. Mas, principalmente, em defesa do ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Sérgio Moro, tido pelos presentes como um herói nacional.
Para ele, a derrota no STF é culpa do ministro Gilmar Mendes, que "mudou o voto". Contudo, frisou que a real “guerra” começa agora. Biscola recordou que as manifestações populares que pediam o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), a exemplo das que estão sendo iniciadas no momento, também foram desacreditadas. Porém, no fim, obtiveram o resultado desejado.
Por fim, Biscola orientou os presentes a pressionarem os deputados, independentemente do partido que estão filiados, para votar a favor da PEC 410/18. "Queremos que o Congresso comece a votar rápido, como fizerem com a lei de abuso de autoridade para ferrar com a Lava Jato", enfatizou. As ações foram acompanhadas pela Polícia Militar (PM) e Guarda Municipal. Apesar dos discursos enérgicos, os participantes — em sua maioria trajados de verde amarelo e com bandeiras e cartazes em punho — se comportaram de maneira pacífica.

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