Prefeitura de Campinas é alertada sobre risco de colapso no Mário Gatti

A coordenação do Pronto Socorro Adulto (PSA) do Hospital Municipal Mário Gatti, em Campinas (SP), alertou a Diretoria Clínica, em um documento, sobre o risco de colapso no atendimento da unidade. Isso, por consequência da redução da oferta de leitos de internação clínica; o fechamento da Unidade de Pronto Atendimento (UPA)do Centro, e a readequação dos centros de saúde e das Unidades Básicas de Saúde (UBS) nos períodos noturnos.
A Prefeitura de Campinas informou que a direção da unidade médica estuda uma forma de redimensionar as salas de atendimento do hospital.
O documento, que a EPTV e o G1 tiveram acesso, ainda cita a tensão no trabalho dos profissionais.
No memorando 205/2016, de 6 de dezembro, a coordenação lista os problemas e as possíveis consequências. “Venho reportar preocupação com o aumento da complexidade e da demanda em nosso serviço, antes impactando somente nas internações e agora atingido também o pronto atendimento, o que tem extrapolado nossa capacidade física e humana de prestar um atendimento decente e humanizado, com provável evolução para desassistência”, diz o documento enviado para o diretor clínico do hospital Sérgio Luís da Costa Dias.
Os médicos pedem ainda a priorização da segurança ao patrimônio material e humano do PSA para mínimas condições de atendimento.




O alerta pede também a revisão da missão do serviço. “Solicito também a revisão da missão do serviço, como serviço terciário, sendo referenciado do atendimento de urgência/emergência, deixando a cargo dos PAs e UBS o atendimento dos pacientes classificados como verdes e azuis”.
Os atendimentos em verdes e azuis são aqueles classificados com pouca ou nenhuma urgência pelos padrões médicos.
Redução do horário nos CS
Dez centros de saúde em Campinas (SP) tiveram o horário de atendimento reduzido, a partir de 1º de dezembro. A medida foi anunciada pela Prefeitura no dia 29 de novembro e prevê diminuição de até três horas em algumas unidades, com objetivo de padronização e corte de gastos.
Com isso, as estruturas que passaram a receber os pacientes entre 7h e 19h, segundo o Executivo, são: Aurélia (fechava às 21h), Integração (21h), Valença (22h), Florence (22h), Costa e Silva (21h), São Quirino (21h), Sousas (21h), Orosimbo Maia (21h), Figueira (20h) e Vila Ipê (22h).

G1