O caso mais grave foi o de uma mulher de 73 anos, que ficou presa entre a roda esquerda do ônibus e a coluna de concreto. A vítima teve que ser retirada do local com o auxílio do Corpo de Bombeiros; sofreu uma fratura no punho e foi encaminhada ao Hospital de Clínicas da Unicamp pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
Já o aposentado Josué da Silva Andrade, de 70 anos, que estava sentado na poltrona 21 do ônibus, quebrou os dentes da frente. “Com o tranco, bati a boca no banco”, afirmou. “Espero ser indenizado.”
Sentido inverso
Segundo o relato de passageiros e de testemunhas, o motorista perdeu o controle do veículo quando saía com destino ao Rio de Janeiro. Ao invés de dar ré, o ônibus foi para frente, atropelando os que aguardavam pelo embarque.
A aposentada Márcia Arcélia Paes Leme, de 69 anos, foi vítima dos estilhaços. “Levei um susto com o barulho e saí correndo. Quando me sentei aqui no saguão e olhei para baixo é que vi todo aquele sangue. Eu nem senti que os cacos tinham atingido as minhas pernas e os meus pés.”
O acidente aconteceu minutos antes das 16h. “A gente achou muito estranho, porque, ao invés de ré, o ônibus saiu pela frente”, disse o pastor Adil Amadeu, de 31 anos.
A Socicam, que administra o Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo, informou que funcionários treinados realizaram os atendimentos de primeiros socorros, enquanto a equipe operacional acionava o Samu, e que os responsáveis pela viação foram acionados.
A Cometa não se pronunciou até o fechamento desta edição. As causas do acidente serão investigadas.