O Banco do Brasil vai fechar uma das suas duas agências da Avenida José Paulino, em Paulínia, como parte do seu plano de reestruturação no País. A reorganização visa reduzir custos para se adequar ao mercado recessivo que o Brasil enfrenta e se tornar mais competitivo em relação aos bancos privados.
O anúncio do plano, que atinge 14% das 5.430 agências do Banco do Brasil no País, foi feito nesta segunda-feira, dia 21. As mudanças devem ocorrer ao longo de 2017. Pela proposta, funcionários e clientes das agências encerradas serão realocados, se possível no mesmo município. Quando não, em cidades vizinhas.
Em Paulínia, será fechada a agência 6964, na Avenida José Paulino, 807, perto da Igreja São Bento, na região central. A que fica perto da Praça da Amizade, (a praça do Corpo dos Bombeiros) continuará aberta. Ela, inclusive, deverá se possível receber clientes e funcionários da unidade extinta na cidade.
Ao todo, serão fechadas 402 agências no País – 222 só no Estado de São Paulo –, e 379 serão transformadas em postos de atendimento. Na Região Metropolitana de Campinas (RMC), 17 baixarão as portas. Além disso, 31 superintendências em diversos municípios terão as atividades encerradas.
O banco planeja ainda reduzir 9,3 mil postos de trabalho (tem 109 mil funcionários ativos) com um plano de incentivo à aposentadoria. Ele prevê pagamento de 12 salários e indenização pelo tempo de serviço que varia entre 1 e 3 salários integrais. Hoje, 18 mil funcionários se encaixam nos requisitos para aderirem ao plano — mais de 50 anos de idade e 15 anos de casa.
Se a metade decidir pela aposentadoria, que é o objetivo do banco, a economia anual seria de R$ 2,13 bilhões, o que ajudaria a instituição a reduzir o custo de R$ 3 bilhões a mais com pessoal que o BB possui em relação aos bancos privados. O fechamento das agências trará uma economia anual de R$ 750 milhões ao banco.
A atual estrutura de agências do banco é atualmente a maior que a de seus principais concorrentes. O Itaú tem 3,6 mil agências, o Santander tem 2,2 mil e o Bradesco, que incorporou a rede do HSBC, tem 5,4 mil.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo criticou o anúncio da reestruturação no Banco do Brasil. Sindicalistas ressaltaram que as alterações representam fechar “quase um HSBC em número de funcionários (18 mil)”. Eles também temem que ocorra com essas medidas a redução da oferta de crédito no País.
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