MÃE PEDE AJUDA PARA TIRAR FILHO DE 12 ANOS DA CRIMINALIDADE EM PAULÍNIA


Uma mãe de Paulínia pede ajuda para tirar o filho de 12 anos da criminalidade. Em menos de três meses, ela precisou buscar o menino duas vezes na delegacia. A última foi na segunda-feira (1º), depois dele invadir uma empresa e tentar furtar uma bolsa.

A empregada doméstica Erenice Nogueira mora num conjunto habitacional, no bairro Vila Nova, há cinco meses com os quatro filhos. Ela conta que trabalha meio período e também faz bicos para aumentar o orçamento e dar uma vida melhor para a família. "Eu também ganho pensão de R$ 500 e Bolsa Família", explica.



Desabafo

No entanto, na noite de segunda-feira ao buscar o filho pela segunda vez em menos de três meses na delegacia, a mãe, cansada de não ser ouvida por ele, fez um desabafo desesperado.

"Eu sou a mãe desse moleque e eu não aguento mais. O pai não quer, nem a Justiça tá querendo, o que é que eu vou fazer? Faço tudo para criar meus filhos e não tenho gosto mais para nada. Ele não obedece, tá difícil", afirma.

O menino foi apreendido junto com outros três adolescentes porque tentou furtar uma bolsa que estava dentro de um carro e depois, tentou invadir uma empresa.



Preso ou morto

A mãe cria as crianças sozinha, já que o pai mora em Minas Gerais e ela não tem parentes em Paulínia. Ela afirma que gostaria de colocar o filho para participar de atividades depois da escola para ele não ficar na rua, mas diz que não encontrou nenhum projeto assim.

"O meu medo é receber um telefonema que ele tá morto ou que tá preso em outra cidade e eu não tenho como recorrer. O que eu já chorei, o que eu to passando. O sentimento de não poder fazer o melhor para ele não ter que ficar sofrendo no mundo. Eu não consigo", desabafa a mãe.

Atividades esportivas

A Prefeitura de Paulínia afirmou que oferece atividades esportivas. O secretário de Esportes, Salvador Montoro, disse ainda que há vagas em todas as modalidades. O projeto tem 4 mil crianças inscritas.

"A gente atende toda a demanda. Talvez seja falta de conhecimento ou de não estar chegando nos bairros essa informação", ressalta.




Paulínia News

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