Escola de Paulínia foi interditada por falta de estrutura |
Uma escola e uma creche dePaulínia (SP) foram interditadas pela Justiça por falta de estrutura. Segundo a denúncia do Ministério Público, elas funcionavam sem aprovação de um projeto técnico e sem vistoria do Corpo de Bombeiros. Além disso, outros prédios municipais estão na mesma situação e podem sofrer interdições, de acordo com a promotoria.
A decisão da Justiça levou em consideração que a EMEI Rosa Vassalo Sacomandi, que fica na Vila Bressan, e a creche Filipe Macedo de Barros, no Jardim América, apresentavam condições de perigo para as crianças. As unidades foram notificadas a decisão na terça-feira (5).
O promotor do caso, André Lucke, afirmou que, em abril de 2013, pais e funcionários procuraram o Ministério Público para denunciar problemas estruturais e falta de funcionários. Um inquérito foi aberto e foi constatado que nenhuma das escolas e creches do município possui laudo dos bombeiros atestando as condições de segurança no local. As duas unidades que têm a situação mais grave devem ser fechadas em 48 horas.
“Essa escola e essa creche estavam em uma situação muito ruim. Era um risco para a segurança e para a saúde das crianças ficarem ali. Estamos com outros inquéritos abertos e outras escolas e prédios públicos de Paulínia podem ser interditados também”, disse o promotor.
Com a decisão da Justiça. a Prefeitura de Paulínia tem 48 horas para remanejar os alunos, 60 dias para apresentar os projetos técnicos e três meses para fazer as adequações nos prédios. Caso os prazos não sejam cumpridos, a multa é de R$ 10 mil por dia.
Revolta
Os pais dos alunos ficaram sabendo da interdição em uma reunião de pais e professores nesta quarta-feira (6). A empresária Roberta Trevisan afirmou que se soubesse que a escola estivesse nesta situação não teria deixado o filho estudar lá. “Isso é um absurdo, um risco para todas as crianças, é lamentável que a administração deixe a escola nessa situação”, disse.
Prefeitura
A Prefeitura de Paulínia afirmou que os alunos serão transferidos para unidades perto de onde moram. A administração também admitiu o problema em mais de cem prédios públicos, mas disse que está regularizando a situação.
Fonte: G1