Empresa norueguesa compra 60% da Galvani


A Yara, empresa norueguesa de fertilizantes, anunciou ontem (5) a aquisição de 60% da Galvani, fabricante brasileira de fosfatados, por US$ 318 milhões. Com uma capacidade de produção de cerca de 1 milhão de toneladas por ano em complexos industriais em Paulínia (SP) e Luís Eduardo Magalhães (BA), a Galvani é uma das principais companhias do setor no País. Com a nova operação, portanto, a Yara eleva a sua participação no mercado brasileiro de fertilizantes. A empresa já havia comprado a Bunge Fertilizantes, negócio de US$ 750 milhões. Com isso, passou a contar com 32 misturadoras e três unidades de produção (duas em Rio Grande e uma em Ponta Grossa-PR).
O presidente da Yara no Brasil, Lair Hanzen, detalha que o grupo já possuía 25% do market share do segmento de distribuição de fertilizantes. Assumindo o controle da Galvani, a companhia fortalece-se também na área de produção dos insumos, alcançando uma participação de cerca de 6% nessa atividade. O empresário ressalta que há muito espaço para crescer no País, já que o mercado nacional, de 31 milhões de toneladas no ano passado, foi atendido em 73% por produtos importados.

“A aquisição representa mais um passo significativo na concretização de nossa estratégia de crescimento na América Latina, fortalecendo nossa posição no Brasil e mostrando nosso compromisso com o desenvolvimento e investimento na agricultura brasileira”, afirmou em nota o presidente da Yara International, Joergen Ole Haslestad. Segundo comunicado divulgado pelas empresas, o valor de US$ 318 milhões compreende US$ 132 milhões para os negócios existentes e US$ 186 milhões para os projetos de mineração e produção da empresa. A Galvani também se comprometeu a injetar outros US$ 552 milhões na Galvani até 2019, para financiar os novos projetos - o pagamento está condicionado ao cumprimento de condições previstas em contrato.
Para responder ao aumento de demanda por rocha fosfática, a Galvani possui três projetos em desenvolvimento (em Minas Gerais, Ceará e Bahia), com capacidade total de 2,15 milhões de toneladas por ano. Para ser concluída, a transação precisa da aprovação do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). As empresas estimam que o processo deva ser finalizado no quarto trimestre deste ano.

Paulínia News

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