Inaugurado em Campinas Fábrica de mosquito transgênico da dengue

TESTES REALIZADOS APONTARAM UMA REDUÇÃO DE 90% NO TOTAL DE MOSQUITOS SELVAGENS NAS REGIÕES EM QUE OS TRANSGÊNICOS FORAM INTRODUZIDOS

Primeira fábrica de mosquito da dengue

Inaugurado no Technopark, em Campinas na segunda-feira (29) a primeira fábrica de mosquito da dengue, o que poderia ser uma notícia bizarra trata-se de uma iniciativa que pode trazer grandes avanços à saúde pública.

Os 2 milhões de Aedes aegypti (mosquito da dengue) produzidos por semana na fábrica da Oxitec, são geneticamente modificados para não deixar descendentes. O método já foi liberado pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança) em abril, mas os insetos transgênicos ainda não podem ser comercializados devido a falta a autorização da Anvisa. Testes realizados na Bahia apontaram uma redução de 90% no total de mosquitos selvagens nas regiões em que os transgênicos foram introduzidos.

DIRETOR DE NEGÓCIOS DA OXITEC GLEN SLADE E O SECRETÁRIO DE DESENVOLVIMENTO DE CAMPINAS SAMUEL ROSSILHO DURANTE INAUGURAÇÃO DA FÁBRICA

Como funciona
Os mosquitos têm um gene extra em seu DNA que impede que seus descendentes cheguem à fase adulta. Eles morrem quando estão no casulo. Apenas os machos transgênicos são soltos na natureza (o mosquito macho não pica o ser humano) para copularem com as fêmeas selvagens, sem resultar em descendentes adultos.

Segundo o site IFLScience, o maior risco de organismos geneticamente modificados é a hibridização, quando transgênicos começam a se misturar descontroladamente com outras espécies. No entanto, o site afirma que a técnica é segura porque os mosquitos transgênicos têm traços genéticos que não podem ser passados para humanos.

O serviço, segundo estimativa da Oxitec, custa de R$ 2 milhões a R$ 5 milhões para uma cidade de 50 milhões de habitantes.




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