A Fertilizantes Heringer anunciou que irá hibernar as plantas Paulínia I e Paulínia II, no interior de São Paulo, e a unidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul. A decisão faz parte dos trabalhos de otimização dos resultados dos ativos da companhia.
A hibernação será feita de forma gradual, com redução progressiva das operações ao longo dos próximos meses.
Segundo a empresa, a medida foi tomada considerando “o melhor interesse da companhia, seus acionistas e demais stakeholders”, levando em conta o atual cenário econômico e de mercado, além do posicionamento estratégico do grupo.
Também pesaram na decisão fatores locais e regionais, avaliação de riscos e oportunidades, logística, aspectos fiscais, desempenho financeiro histórico e a perspectiva de viabilidade econômica das plantas de forma independente.
De acordo com a companhia, a hibernação reduz a necessidade de investimentos intensivos em capital (capex) e diminui custos operacionais das unidades, o que contribui para a otimização dos custos fixos e melhora da rentabilidade das demais plantas do grupo.
As informações constam em fato relevante divulgado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) após o fechamento do pregão de sexta-feira (5).
Paulínia
A empresa também esclareceu que as atividades corporativas em Paulínia não serão afetadas.
“Ressalte-se que em Paulínia I estão localizadas uma unidade fabril e as instalações corporativas da companhia, enquanto em Paulínia II estão localizados uma unidade fabril e um laboratório. A hibernação progressiva mencionada neste comunicado refere-se exclusivamente às duas unidades fabris e ao laboratório, permanecendo as atividades corporativas atualmente desenvolvidas em Paulínia I inalteradas e em pleno e regular funcionamento”, informou.
A Heringer acrescentou ainda que seguirá avaliando oportunidades para as plantas de Paulínia I, Paulínia II e Rio Grande, sempre de acordo com as melhores práticas de mercado e no melhor interesse dos acionistas.
Histórico de paralisações
No início deste ano, a companhia já havia decidido hibernar três fábricas: Ourinhos (SP), Iguatama (MG) e Rio Verde (GO).
Em outubro do ano passado, também foram anunciadas as paralisações das unidades de Dourados (MS) e Rosário do Catete (SE). Desde 2020, a empresa mantém fechada ainda a planta de Porto Alegre (RS).