O Theatro Municipal de Paulínia, que já foi palco de grandes
festivais e recebeu personalidades de Hollywood, enfrenta atualmente
deterioração, assentos mofados, infiltração e sinais de vandalismo, conforme constatou o Tribunal de
Contas do Estado de São Paulo durante fiscalização recente.
Desde que foi fechado em 2020, o teatro, com capacidade para
1,3 mil pessoas, acumula infiltrações, assentos com mofo, sujeira e depredação.
O espaço, parte do Polo Cinematográfico que recebeu R$ 490 milhões em
investimentos, não tem energia elétrica devido ao furto de cabos, e as portas
de emergência foram bloqueadas para evitar invasões.
A vistoria do TCE-SP, realizada na última segunda-feira, 30, abrangeu 128 teatros públicos, incluindo outros oito municípios na região de Campinas. Em Campinas, o Teatro Municipal José Castro Mendes apresentou placas de forro danificadas, infiltrações, problemas de acessibilidade e falhas na divulgação da programação cultural.
Marana Delboni, docente de Comunicação e Artes do Senac,
avaliou que a manutenção contínua de políticas públicas é essencial para
preservar teatros municipais. "Um teatro precisa ser vivo", disse, ao
defender estratégias de longo prazo e envolvimento comunitário. Ela alertou
para os custos elevados de manutenção e para o risco de abandono quando não há
programação regular.
O que diz a Prefeitura de Paulínia
Sobre a situação em Paulínia, a prefeitura afirmou que o
teatro permanece fechado desde a pandemia, sem riscos à população, e que busca
alternativas legais para revitalizar o espaço, com apoio de diferentes
secretarias para reativar o local e estimular cultura e turismo.
A Secretaria de Cultura e Turismo de Campinas informou que
reparos já foram feitos no Castro Mendes, incluindo correções em infiltrações e
manutenção das instalações. Ressaltou que os documentos obrigatórios estão
atualizados e a programação cultural é divulgada regularmente pelas redes
oficiais.