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Ônibus voltam a circular na região de Campinas após paralisação

 

As linhas de ônibus paralisadas durante a manhã desta quinta-feira (27), por conta do assassinato do presidente do Sindicato dos Rodoviários, começaram a retomar a circulação em cidades da região de Campinas . A volta é gradual e só será 100% normalizada após o sepultamento de Nilton Aparecido de Maria, marcado para o início da tarde no Cemitério dos Amarais.

A paralisação afetou linhas municipais e intermunicipais em Campinas, Paulínia, Valinhos, Vinhedo e Indaiatuba, e causou transtornos para os passageiros. 

Em Paulínia nenhum dos 52 ônibus que transportam os passageiros diariamente chegaram a sair da garagem na manhã desta quinta-feira. A empresa Terra divulgou que o transporte foi normalizado às 15h, após o enterro do presidente do sindicato. 

Na metrópole, das 200 linhas que circulam na cidade, 110 ficaram completamente paradas, o que significou um impacto de 55% no total da frota. De acordo com a Empresa Municipal de Desenvolvimento da Metrópole (Emdec), 76 mil pessoas foram afetadas durante a manhã.

No início da tarde, pelo menos 35% das linhas que ficaram paralisadas já tinham voltado a circular, de acordo com Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros da Região Metropolitana de Campinas. A Emdec ainda afirmou que se solidariza com a família de Nilton, mas a população não pode ser prejudicada e, por isso, entrou com uma liminar no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para que a operação fosse totalmente normalizada.

Segundo a autarquia, os terminais Central, Campo Grande, Mercado I e III, Itajaí, Shopping Dom Pedro e Shopping Iguatemi estão abertos. Já os de Barão Geraldo, Ouro Verde, Padre Anchieta, Vida Nova e Vila União estão fechados, com operação mista, fora do terminal.

"A medida é utilizada para não prejudicar o usuário, uma vez que para entrar no terminal ele paga a passagem ao passar pela catraca e pode não ter o ônibus que ele precisa naquele momento. Por isso a operação é feita fora do terminal e o usuário paga a passagem dentro do ônibus", informou a Emdec.

 

Paralisação

A paralisação provocou um transtorno em toda a região nesta quinta-feira.

"Tive que ligar para o meu supervisor e estou aguardando ele vir me buscar. É um transtorno, eu não esperava isso hoje", disse a auxiliar de limpeza Marta Bitral.

Outro passageiro também afirmou que teve o dia totalmente afetado pela manifestação. "Cheguei aqui e fui surpreendido. Vou voltar para a minha casa, é um dia perdido", completou. Motoristas também atravessaram ônibus na Avenida João Jorge e bloquearam o trânsito na via, que é uma das principais da metrópole. Terminais e pontos de ônibus ficaram muito lotados.

Os ônibus que circularam ficaram muito cheios por conta da falta de veículos suficiente. Um vigilante que trabalha durante a madrugada e estava voltando para a casa ficou preso na porta. Para avisar o motorista, ele deu um soco no vidro e machucou a mão. "Estava muito cheio. Eu quero ir embora pra casa, só isso", desabafou.

O Setcamp, no entanto, disse que a história é diferente e que na verdade o passageiro não conseguiu entrar no ônibus a tempo e por isso acabou dando um soco no vidro.

Em Valinhos, além dos transporte intermunicipal, os ônibus urbanos também ficaram paralisados. A rodoviária do município está fechada e nenhum coletivo saiu da garagem pela manhã.

A situação só começou a ser normalizada após o velório e sepultamento do presidente do sindicato, que aconteceram na manhã desta quinta no Cemitério dos Amarais, em Campinas.

O Grupo Sou, que administra o transporte municipal em Valinhos e Indaiatuba, disse que foi surpreendido com a paralisação e lamentou o ocorrido.

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