Ribeirão Quilombo na região de Sumaré e Paulínia; cidades possuem dívidas com o Consórcio PCJ — Foto: Reprodução EPTV |
A exclusão foi aprovada no Conselho de Associados do Consórcio PCJ, que se reuniu na semana passada, e informada nesta segunda-feira (11). O consórcio afirma que ambas cidades foram procuradas, inclusive com visitas presenciais, para oferta de parcelamento dos débitos, mas não houve acordo. Além da exclusão, o consórcio afirma que vai cobrar as prefeituras judicialmente.
A mensalidade é cobrada de todos os municípios e empresas associados ao consórcio e serve para manutenção dos serviços da entidade. Em 2018, sob recomendação do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), o consórcio implantou o regulamento de cobrança dos inadimplentes.
Com a saída, Paulínia e Sumaré perdem o acesso aos serviços de assessoria e consultoria oferecidos pelo Consórcio PCJ. Dentre eles, a doação de mudas e apoio em projetos de reflorestamento em matas ciliares.
"Os municípios perdem apoio e consultoria em projetos de sustentabilidade hídrica e participação e representatividade nos fóruns de debates sobre gestão de recursos hídricos, como o Conselho Nacional de Recursos Hídricos, estância máxima de gestão da água no Brasil, no qual apenas o Consórcio PCJ faz parte em nome das Bacias PCJ", informou o consórcio.
Paulínia deve desde 2013
O consórcio informou que Paulínia é o que deve o maior valor. O município está inadimplente desde 2013 e Sumaré desde 2016. Os valores separados não foram repassados pela entidade.A reportagem também questionou a mensalidade cobrada para os dois municípios. "As mensalidades dos municípios respeitam uma regra que levam em conta o número de habitantes e arrecadação", informou o consórcio.
Paulínia respondeu em nota que a atual administração, que assumiu em outubro, "vem tomando conhecimento da dívida e tentando implementar maneiras de negociar com o Consórcio PCJ o parcelamento da dívida existente ou a execução de melhorias relacionadas ao tema no município".
"O caso é acompanhado pelo Conselho Municipal de Meio Ambiente de Paulínia", completa a prefeitura.
Exclusão pode ser revista
Segundo o consórcio, a saída dos municípios pode ser revista se ambos solicitarem um novo acordo de parcelamento dos débitos atrasados, além da retomada do pagamento das mensalidades assiduamente.Para isso, as prefeituras devem procurar a Secretaria Executiva do consórcio e reabrir a negociação. A reportagem procurou as duas administrações, mas não houve retorno até esta publicação.
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