Uma audiência entre os diretores da empresa de transportes Passaredo e representantes do sindicato dos motoristas de ônibus está marcada para esta segunda-feira (20), às 10h, no Ministério Público do Trabalho da 15ª Região, em Campinas (SP). O objetivo do encontro é para a tentativa de conciliação do dissídio coletivo.
A audiência foi requerida pela Prefeitura de Paulínia (SP), que participará por meio de representantes, por conta da greve do serviço de transporte coletivo que chega ao sexto dia. A administração reajustou no começo dessa semana em 9,8% (INPC dos últimos 12 meses) a tarifa do transporte, elevando o valor para R$ 2,85.
Para a população, o preço permanece inalterado: R$ 1. O valor é praticado em razão da política social da atual administração, que subsidia em R$ 1,85 a tarifa.
A Prefeitura de Paulínia criou na última quarta-feira (15) uma comissão para investigar possíveis irregularidades no contrato de concessão do serviço.
"A comissão poderá recomendar uma possível intervenção no serviço ou até mesmo a rescisão contratual da Prefeitura com a empresa [Viação Passaredo]", diz nota da assessoria do governo.
A Prefeitura informou ainda que notificou as companhias para que elas mantenham mínimo de 70% da frota, sob pena de multa.
Reajuste de 14%
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e Anexos de Campinas e Região informou que os funcionários entraram em greve para reivindicar reajuste salarial de 14% e que a empresa não apresentou nenhuma proposta.
Ainda segundo o sindicato, há cinco anos o valor da tarifa não é ajustado e a empresa só iria negociar em novembro. De acordo com a Prefeitura, 30 mil passageiros utilizam o serviço diariamente.
A greve também teve adesão de parte dos funcionários que atuam no transporte escolar, por meio da empresa LLC Transportes - que também presta serviços ao município e integra o mesmo grupo da Viação Passaredo.
A administração pública informou que LLC Transportes foi comunicada sobre a aplicação de multa diária de R$ 81,7 mil, caso haja "descumprimento das obrigações contratuais". Sobre o transporte escolar, 9 mil crianças foram afetadas. Contudo, um esquema especial foi criado para suprir a demanda.
O G1 tentou contato com a Viação Passaredo mas, a reportagem não obteve retorno sobre a greve até esta publicação. O sindicato da categoria informou que nesta manhã tiveram uma assembléia com a empresa, mas nenhuma proposta foi apresentado, portanto a greve continua.
G1