Atraso em licitação causa falta de alimentação enteral em Paulínia

EMPRESA VENCEDORA DA LICITAÇÃO DEIXOU DE ENTREGAR O ALIMENTO
Atraso em uma nova licitação de fornecedores para alimentação enteral em Paulínia deixa pacientes sem alimentação, o produto, que é distribuído gratuitamente pela Prefeitura a dezenas de pacientes, tem faltado há quase um mês. Muitas famílias reclamam não terem condições de comprar o produto. Algumas famílias recorrem a alternativas para a alimentação de seus doentes.



A família do paciente D.I.M, que há 5 anos está em estado vegetativo depois de um acidente de moto disse, “Tenho apenas mais um litro do alimento. Depois vou ter que procurar alternativas ou ver um jeito de comprar”. A mulher disse que esteve no hospital onde o filho passa por tratamento e informaram que ela poderia usar alimentos leves batidos com bastante água para ser colocado na sonda por onde o alimento é ingerido pelo paciente.

“Tenho receio de algum alimento entupir a sonda. Outra coisa é que o organismo dele está adaptado a essa alimentação. Outra dica foi usar leite de soja, mas não pode ser sempre”, disse a mãe do paciente.

O secretário de Saúde de Paulínia, Renato Netto Cardoso, garantiu que uma nova remessa de alimento será entregue até a próxima quinta-feira “Temos 500 pacientes que precisam deste tipo de alimento e o problema que tivemos foi na licitação. A empresa que ganhou o certame não apareceu para assumir o fornecimento. Com isso toda a burocracia para substituí-la foi um entrave”, disse o secretário.

Ele afirmou que existe um estoque desse tipo de alimento que fica no hospital municipal e que alguns deles serão retirados para serem levados às famílias mais necessitadas “Isso até sanarmos esse problema que deve levar entre 15 e 20 dias. Para as famílias que mais necessitarem iremos fazer essa entrega o mais breve possível”, disse Renato.

O secretário afirmou que a Prefeitura gasta em média R$ 15 mil mensais com a compra do produto e a empresa que venceu a licitação é de São José do Rio Pardo “Eles simplesmente desapareceram. Eram para fazer a entrega no mês passado e nada. Nem assumiram a licitação”.

A empresa que ficou em segundo lugar na licitação deverá assumir o fornecimento. “Tínhamos que tentar de todas as formas chegar na empresa vencedora. Agora, essas tentativas já se esgotaram”, esclareceu Renato.


Portal Paulínia

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