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Justiça absolve vereador de Paulínia acusado de participar de golpe em vendas de casas

 

A Justiça de Paulínia (SP) decidiu absolver o vereador Tiguila Paes (Cidadania) da acusação feita pelo Ministério Público sobre participação em um golpe para vendas de casas entre 2014 e 2015.

O caso veio à tona no fim de 2019, quando o parlamentar chegou a ter prisão preventiva decretada, mas à época deixou de se apresentar por "confiar na absolvição" e depois foi beneficiado por um habeas corpus. A decisão da 1ª Vara Criminal é de 23 de maio, mas o g1 teve acesso ao conteúdo nesta sexta-feira (28). Outros oito foram absolvidos, mas a denúncia foi aceita contra cinco pessoas.

Segundo o juiz Carlos Eduardo Mendes, não há indícios de envolvimento de Tiguila no "engendro criminoso", além da presença em reuniões públicas sobre um residencial na cidade. Ele havia sido acusado pelos crimes de organização criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro.

Em nota divulgada na noite desta sexta, Tiguila afirmou que "a verdade prevaleceu" e considerou que o processo era político e havia armações criadas dentro do sistema de poder.

"Com esta decisão de absolvição sumária, encerra um sofrimento imensurável que passei durante quase nove anos", diz trecho.

O irmão do parlamentar também está entre os absolvidos da acusação feita pela promotoria.

Em contrapartida, o magistrado aceitou a denúncia contra cinco pessoas que teriam participado do golpe no setor habitacional. O MP diz que elas receberam valores em prejuízo de 53 vítimas que pagaram e eram pretendentes à casa própria no período entre outubro de 2014 e outubro de 2015, e menciona na denúncia que o dinheiro arrecadado foi desviado ou ocultado com objetivo de lavagem.

"As vítimas, atraídas pelo preço acessível, pela desburocratização da venda e possibilidade de pagamentos parcelados, foram enganadas e acabaram sendo lesadas pelo grupo criminoso", destacou o MP à época em que o caso foi divulgado.

A primeira audiência do caso está marcada para 5 de setembro, diz a decisão.

 

Volta ao cargo

Em maio de 2022, Tiguila retomou o cargo de vereador em Paulínia após ter sido afastado em outubro do ano anterior, de acordo com o MP, por suspeita de "rachadinha".

Segundo a Câmara, a volta teve como embasamento uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que considerou não haver justificativas para o afastamento como medida cautelar. O g1 não conseguiu contato com a defesa do parlamentar para ela comentar sobre a tramitação do processo.

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