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Paralisação de funcionários deixa 2,5 mil alunos sem transporte escolar em Paulínia

Os ônibus da empresa Sancetur que fazem o transporte escolar em Paulínia (SP) ficaram mais de quatro horas sem sair da garagem na manhã desta terça-feira (20). O motivo foi uma paralisação de funcionários organizada pelo sindicato da categoria, que reivindica regularização nos pagamentos de salários e benefícios. Cerca de 2,5 mil alunos foram afetados, informou a Sancetur.

Os veículos levam, inclusive, alunos com necessidades especiais, como cadeirantes. Segundo o sindicato da categoria, 40% do serviço foi afetado na cidade durante a manhã. Os ônibus voltaram a circular às 11h40, após representantes da entidade, empresa e Prefeitura marcarem uma reunião na administração municipal sobre os pedidos da categoria para esta tarde.

Aproximadamente oito mil estudantes são transportados diariamente pelos 120 ônibus da Sancetur.

200 funcionários pararam
Izael Almeida, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário e Anexos de Campinas e Região, explicou que houve uma assembleia com os trabalhadores - motoristas e monitores - no início da manhã sobre atrasos frequentes no pagamento de salários e benefícios. Ao todo, 200 funcionários pararam.

"A gente quer garantia do prefeito de que não vai atrasar os salários, não tenha redução dos carros e que os benefícios sejam regularizados. O FGTS atrasa todo mês. O ticket pagaram atrasado neste mês a gente vai exigir da Prefeitura uma resposta", afirma Almeida.

Segundo o gerente da área de Campinas da Sancetur, Marco Antonio Souza, não há atraso recorrente nos salários. "Os pagamentos estão em ordem, não há motivo para paralisação. A empresa está cumprindo suas responsabilidades", diz.

A Prefeitura disse que não tem dívidas com a empresa Sancetur. Em nota, afirmou que "já acionou a empresa para exigir que o problema seja imediatamente solucionado, considerando que todos os pagamentos estão em dia e que o prejuízo causado aos alunos é inadmissível".

A nota diz, ainda que, a "paralisação da manhã desta terça-feira, dia 20, é resultado de questões de responsabilidade exclusiva da Sancetur junto ao Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região. Para a Prefeitura, a empresa alegou que não existem atrasos nos pagamentos dos funcionários".

O transporte escolar que fica a cargo da Sancetur, segundo o sindicato, atende alunos do ensino infantil ao médio. Outras duas empresas que também transportam estudantes estão operando normalmente nesta terça.

Cadeirante perdeu aula e tratamento
Marli Martins, de 56 anos, está desempregada e tem um neto cadeirante de 9 anos que depende do transporte. Ela mora no bairro Monte Alegre III. Nesta manhã, o ônibus deveria ter passado até as 7h40.

"Ele ficou em casa, não tem como levar. É muito distante, não tenho transporte. Acho muito chato, não avisaram as mães, ninguém. Vão todos para a mesma escola, são todos cadeirantes. Ele não enxerga, não anda. Hoje ele perdeu todos os tratamentos. Tolerância zero com relação a atrasod e pagamento e benefícios", explica a avó.

Fonte: G1

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